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A vida no altiplano argentino

Saímos cedo para fotografar o amanhecer em um ponto a 13 km de Tolar Grande de onde se vê o cume de várias altas montanhas e vulcões - inclusive o LLullallaico (6.739 metros), nosso destino de amanhã. É difícil de acreditar que hoje é apenas nosso 4o dia na Cordilheira - já vimos tanta coisa! Ainda estamos nos aclimatando, sentindo os efeitos da altitude - sono e torpor. Temos que fazer tudo devagar. O calor à tarde é grande e a aldeia inteira se recolhe para a sesta.

Aproveitamos o dia para descobrir um pouco mais sobre Tolar Grande, uma aldeia literalmente perdida no meio do nada. É impressionante como o ser humano conseguiu ocupar, sobreviver e até prosperar nesse ambiente tão árido e inóspito. Aqui é quente durante o dia, congelante à noite e desprovido de água e oxigênio. No entanto, esta região é ocupada há centenas, provavelmente milhares de anos por povos que tinham como único recurso natural as pedras e animais que encontravam. Tolar Grande hoje ainda existe por ser um local de interesse estratégico para o governo argentino - fica perto da fronteira com o Chile e quase todos os adultos são hoje funcionários da prefeitura. Mas antes esta aldeia já foi maior. Aqui existia uma estação e oficina de trens, pois havia uma estrada de ferro que atravessava o altiplano até o Chile. Também havia uma mina grande de enxofre - La Casualidad - a 100 km de distância, e o caminho até lá passava por Tolar Grande.

À tarde houve uma tempestade de vento e areia, e aproveitamos para fotografar a aldeia e seu entorno.


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