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A mais bela luz dos Andes

Choveu bastante na noite anterior e a estrada de Uyuni a San Cristobal (70 km de distância, no caminho para o Chile) estava muito enlameada. Tivemos que ir bem devagar. Quando tentei ultrapassar uma caravana de carros com placa da Argentina – que estavam literalmente a 10 km por hora – a lama estava tão grossa que o Duster perdeu totalmente a tração e deslizou até o barranco. A solução foi descer o barranco até uma estrada secundária paralela e seguí-la até conseguir voltar à principal. Novamente o Duster se mostrou um carro à altura do desafio, até porque estava tudo enlameado e atolar seria tarefa fácil.

Após San Cristobal a estrada estava seca e pudemos seguir até a fronteira com o Chile sem mais percalços. Paramos várias vezes para fotografar o vulcão Ollague, que fica na fronteira e constantemente solta fumaça por uma de suas laterais. O tempo estava instável e enquanto esperávamos os trâmites burocráticos na fronteira, começou a chover. Havia ainda um longo caminho a percorrer até San Pedro de Atacama e já estava tarde.

Mas o melhor do dia ainda estava por vir. Após cruzar a fronteira, entra-se nos salares de Carcote e Ascotán. O sol já estava baixo e começando a irromper-se por trás das nuvens, fazendo com que essas refletissem e difundissem por toda a paisagem uma luz dourada que depois adquiriu tons verdes, azuis e púrpuras. Paramos o carro e ficamos assistindo e fotografando esse espetáculo da natureza.


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