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Chuva, chuva, chuva

Passamos vários dias em Calama descansando, editando o muito material fotográfico e de vídeo que acumulamos até agora, e fazendo uma revisão no Duster para encararmos a segunda metade da nossa jornada. Hoje encaramos uma longa jornada até o extremo norte do Chile.

A rodovia Panamericana (Ruta 5) passa no meio de um deserto literalmente lunar – não há nenhuma planta sequer, só areia e pedra. Mas aonde corre um fiapo de água, há verde – verdadeiros oásis. Neste deserto é comum ver dezenas de redemoinhos por todos os lados ao mesmo tempo. Será aqui o inferno e os demônios saíram para passear?

Antes de chegar a Arica, quase na fronteira com o Peru, passamos por três canyons enormes - uma vista espetacular. Em Arica pega-se a rodovia que vai até La Paz, uma estrada que literalmente escala os Andes e tem um enorme tráfego de caminhões, já que a Bolívia usa Arica como seu principal porto para embarcar e receber mercadorias. Encaramos a subida já no final da tarde, com o tempo fechando e a estrada em obras. No meio do caminho encaramos uma forte neblina e começou a chover forte. Pedras caiam toda hora na estrada e ainda haviam os caminhoneiros malucos que andavam rápido demais para as condições da estrada. Estrada nessas condições só para quem tem bastante experiência e consegue manter a calma.

Nosso destino foi a aldeia de Putre, porta de entrada para o Parque Nacional de Lauca que tem algumas das paisagens mais bonitas do mundo. Mas parece que não será dessa vez que veremos essas vistas – a dona da pousada onde nos hospedamos disse que fevereiro é normalmente um mês chuvoso e a previsão é chuva constante por pelo menos uma semana. E chuva a 3.800 metros de altitude quer dizer neblina e possivelmente neve, mas principalmente nada de montanhas.


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