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Seismiles

Durante os três dias em que ficamos em Iquique, verificamos que chovia em toda a região dos Andes do Deserto do Atacama para cima. O jeito era seguir mais para o sul, em direção a Mendoza e Santiago. No mapa, identifiquei uma estrada entre a cidade chilena de Copiapó e a argentina Fiambalá que prometia paisagens interessantes. É uma rota que passa por uma região conhecida como os “seismiles”, pela grande quantidade de montanhas com mais de seis mil metros de altura.

Já vimos tantos lugares bonitos nessa viagem que realmente não pensamos que este caminho fosse nos surpreender. Ledo engano. Veramente, acho que foi a estrada mais bonita até agora. Nevado Tres Cruces, Ojos del Salado, Vulcán San Francisco, Vulcán Incahuasi, Vulcán Mulas Muertas, Vulcán Peña Blanca, Vulcán Ermitaño – e por aí vai. Uma procissão de altas montanhas, e ainda havia a Laguna Esmeralda. Ao final do caminho dos seismiles, já no lado argentino, descemos por meio de paisagens douradas até o Complexo Hoteleiro Cortaderas – um hotel cinco estrelas no meio do nada. Seus vinte quartos estavam desocupados e pagamos o equivalente a menos de cinquenta dólares para nos hospedarmos.


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